terça-feira, 22 de novembro de 2011

22 de novembro DIA DO MÚSICO e de SANTA CECÍLIA, padroeira dos Músicos e da Música

Segundo este relato, Cecília seria da "nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância".Ela foi dada em casamento,contra a vontade,a um jovem chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia. Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília,fazia exceção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.
Estando só com o noivo, disse-lhe, Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.
Santa Cecília, Valériano, e Tiburtius por Botticini
Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano,ficou "vivamente impressionado" com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha se passado e conseguiu que também ele se tornasse cristão.
Turcius Almachius, prefeito de Roma, "teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da recusa formal, foram condenados à morte e decapitados". Também Cecília, " teve de comparecer na presença do juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses. De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses."
Santa Cecília e Santo Valeriano
Almachius, "vendo novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília teria sido então protegida milagrosamente, e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, ela nada sofreu". Segundo outros mitos, a Santa "foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa".
Almachius recorreu então à pena capital." Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte". Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.
As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo.
Imagem de Santa Cecília no altar-mor da igreja a ela dedicada em Porto Alegre
Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo, foi "encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado". O esquife foi "achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília". Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.
Sono de Santa Cecília.
Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.
A Igreja ocidental, como a oriental, têm grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”. Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra. Sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos Músicos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Nem toda feiticeira é corcunda.... Nem toda brasileira é só bunda.“

"Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor.
Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra.
Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.
Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente; esqueceu, morrendo tuberculosa. Estes episódios marcaram para sempre e a minha consciência e me fizeram perguntar que  poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres?

Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar.
Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos.
Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba.

Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens.
E, com isso, Barbies de facaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima. Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composta de moças.
Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no  jornalismo.
E, no momento em que as pioneiras do minismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.
Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto.
Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz.
E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa.
Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos.  Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas.
São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer à ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.
"Nem toda feiticeira é corcunda.
Nem toda brasileira é só bunda.“
Rita Lee.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Você já pensou quando o brasileiro começar a se importar mais com a Educação?

Todos sabem que somos considerados um país emergente, mas, entre eles, O MELHOR, O MAIOR, O MAIS BONITO, O POVO MAIS CALIENTE... Enfim... Infelizmente sem cultura e sem educação...
Nunca é tarde para ser feliz e, quando começarmos a entender que um povo sem educação e sem cultura não progride, não evolui, com certeza seremos a MAIOR POTÊNCIA deste planeta terra.
Se liga Brasil...

domingo, 6 de novembro de 2011

Música Brasileira da melhor qualidade na sua festa...

Instrumental:
- Brasileiro
        - Chorinho
        - Standard de Jazz
Samba
Bossa Nova
Samba Canção
Xote
Baião
Entre outros estilos...
 
Sua festa nunca mais
     será a mesma...

www.edsonrocha.net

 
(11) 7139-5555

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A era da banalização


Hoje, sexta-feira, é dia do meu rodízio (placa final nove e zero) e, por isso deixo o meu carro na estação do Metrô Carrão!
Tive a sorte de encontrar o velhinho que entrega o Jornal do Metrô News, com o último nas mãos, pois, geralmente quando passo por ele, já entregou todos! E, li na página "espetáculos" um texto MARAVILHOSO, infelizmente verdadeiro, escrito pelo Mauricio Nunes, que é dramaturgo, músico, jornalista e cinéfilo, que gostaria de compartilhar com vocês...

A verdadeira razão da existência do artista é emocionar, entreter e nos propor idéias novas, porém nos dias de hoje esta figura está se apagando , já que vivemos na fatídica e nefasta era da banalização.  Estamos sendo regidos pela tal geração Y, onde a máquina domina e a emoção se abstém. Vivemos uma era onde se colecionam amigos virtuais e se desprezam amigos reais.
Einstein com sua teoria da relatividade talvez fizesse um calculo simples para
demonstrar que quanto mais amigos nas midias sociais, proporcionalmente há menos
na vida real. As pessoas não tem mais tempo de ouvirem ou de serem ouvidas. Não se
importam em conhecer alguém, mas sim em colecionar fotos e nomes numa página
para se tornarem populares. Tudo é manifestado ou regurgitado em 140 caracteres no
twitter ou no facebook, onde se colam frases, poemas e notas, que de forma alguma se
seguem, caso contrário o mundo seria um lugar perfeito para se viver.
Não há mais focos de emoção em quase nada em que a mídia atual cria. Tudo é arquitetado por um grupo de yuppies mimados, pedantes e que nunca leram sequer um livro na vida, a não ser o Internet para Dummies. Fazem de Steve Jobs, o novo messias, e assim como o seu antecessor, Jesus, ninguém dá muita trela para o que ele disse ou fez, mas sim para os produtos que promoveu e quanto isto pode arrecadar em grana. A nova geração é oca e o eco de sua estupidez assusta e não nos mostra um futuro promissor e no meio deste universo virtual com poder de sedução maior que o universo real, o tempo parece correr mais depressa e a vida a se tornar também um artigo banalizado. Se mata hoje a troco de nada. O álcool nunca tirou tantas vidas e ainda é glamurizado na TV e em canções cafonas de sucesso. Se você bebe, você é cool, se não bebe, é um idiota anti-social. E aí temos nas estradas mais mortes e ninguém toma providência alguma. Mata-se como nunca se matou por excesso de álcool e o assassino geralmente volta pra casa, as vezes até dirigindo.
Recentemente dois garis foram mortos por um imbecil rico e alcoolizado que pagou fiança de dez mil e saiu em liberdade. Conclui-se que a vida de um gari vale cinco mil reais no atacado, pois no varejo, tem jornalista que não pagaria dez centavos, afinal já humilhou publicamente a classe a chamando de escória. E o tal jornalista é âncora de um jornal que diz ter credibilidade, exibido numa emissora, que suspendeu um outro jornalista só porque fez uma piada de mal gosto, num programa de humor, sobre uma pessoa “importante”. De fato a balança no Brasil pende só para um lado: o das moedas de ouro. Assim nadamos neste tsunami de ignorância que inverteu os valores.
Vivemos a banalização do erotismo, onde uma revista como a Playboy, que sempre ditou regras comportamentais, valorizou a mulher e criou um estilo de vida culto, hoje proclama mulheres frutas, vazias e sem sulco, além de um exército de ex-BBBs sem graça (pleonasmo?) e entrevistas babais e textos sem conteúdo. A TV assume o papel da imbecilidade mãe com uma programação cada vez mais pobre, que assim como a música, se foca no nepotismo familiar, impulsionando carreiras vazias de DNAs famosos. O esporte é comandando por um cartola que decide até resultados. A sociedade se choca com dois homens se beijando, mas não se choca mais com dois homens se matando ou atirando contra inocentes. Não há postura, não há atitudes, não poesia e não há canção. O que se esperar quando até estudantes da USP desafiam a polícia para terem o direito de se drogarem no campus, como se tal espaço fizesse parte do território holandês. E para ficar pior ainda, com cartazes contendo erros de português. O fato é que devo estar ficando velho e rabugento, mas uma coisa é certa: o mundo esta indo pro inferno numa bandeja de prata. Todos viraram a barriga pra cima e se renderam. A televisão havia matado a janela, mas a nova tecnologia abortou de vez o novo da poesia.